INTRODUÇÃO AO ACESSO AVANÇADO EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM REGIÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.56083/RCV3N3-047Keywords:
Estratégia Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde, Acesso aos Serviços de SaúdeAbstract
Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada do SUS. Para que a APS funcione, necessita de organização e estratégias para promover acesso e qualidade nos atendimentos a população. Os modelos tradicionais de acesso à saúde, de modo geral, fazem agendamentos para datas futuras, o que aumenta a probabilidade de falta dos pacientes, havendo assim demora na providência de cuidados. Objetivo: Avaliei se efetivamente a introdução do acesso avançado na atenção básica é eficaz para a melhoria e adesão da população aos serviços de saúde. Resultados: Analisei dados de julho de 2020 a junho de 2021, período este que também englobou a pandemia do SARS-COV2. Neste período, realizei 2.215 consultas, tendo um aumento de 126% no número de atendimentos na ESF, comparando o primeiro e último mês de pesquisa. Discussão: Apesar de conseguir estabelecer o papel do acesso avançado na melhoria do atendimento a população, notei uma porcentagem significante de absenteísmo às consultas. Conclusão: mesmo diante de situação delicada que é a pandemia e também do pequeno intervalo de tempo para análise eu observei que a implementação de atendimento agendados apresentou bons resultados, em contrapartida a métodos tradicionais de agendamento e atendimentos, tendo boas perspectivas de longo prazo.
References
CIRINO, Ferla Maria Simas Bastos; FILHO, Douglas Augusto; NICHIATA, Lucia Yasuko Izumi; FRACOLLI, Lislaine Aparecida. O Acesso Avançado como estratégia de organização da agenda e de ampliação do acesso em uma Unidade Básica de Saúde de Estratégia Saúde da Família, município de Diadema, São Paulo. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, [S.L.], v. 15, n. 42, p. 2111, 19 maio 2020. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2111. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2111
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS): uma construção coletiva – trajetória e orientações de operacionalização. Brasília: Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde, 2009a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2017.
CURITIBA, Secretaria de Saúde. Novas possibilidades de organizar o Acesso e a Agenda na Atenção Primária à Saúde. Curitiba: Secretaria de Saúde; 2015.
PICKN, MD; O’CATHAIN, A; SAMPSON, FC, et al. Evaluation of Advanced Access in the National Primary Care Collaborative. Br. J. Gen. Pract. [internet]. 2004 [acesso em 2018 abr 22]; 54:334-340. Disponível em: https://bjgp.org/content/54/502/334/tab-pdf
PIRES, Luís Antônio Soares et al. Acesso Avançado em uma Unidade de Saúde da Família do interior do estado de São Paulo: um relato de experiência. Saúde em Debate [online]. 2019, v. 43, n. 121 [Acessado 22 Julho 2021], pp. 605-613. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-1104201912124>. Epub 05 Ago 2019. ISSN 2358-2898. https://doi.org/10.1590/0103-1104201912124. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201912124
MURRAY, M; BODENHEIMER, T; RITTENHOUSE, D, et al. Improving Timely Access to Primary Care: Case Studies of the Advanced Access Model. JAMA [internet]. 2003 [acesso em 2018 abr 22]; 289(8):1042-1046. Disponível em: http://www.sfhp.org/files/Improving_Timely_Access_to_Primary_Care1.pdf DOI: https://doi.org/10.1001/jama.289.8.1042
MURRAY, M; BERWICK, DM. Advanced access: reducing waiting and delays in primary care. JAMA [internet]. 2003 [acesso em 2018 abr 22]; 289(8):1035-1040. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/10890168_Advanced_Access_Reducing_Wai-ting_and_Delays_in_Primary_Care DOI: https://doi.org/10.1001/jama.289.8.1035
NORMAN, Armando Henrique; TESSER, Charles Dalcanale. Acesso ao cuidado na Estratégia Saúde da Família: equilíbrio entre demanda espontânea e prevenção/promoção da saúde. Saúde e Sociedade, [S.L.], v. 24, n. 1, p. 165-179, mar. 2015. FapUNIFESP (SciELO). DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902015000100013
NEIVA, T. Atenção primária, estratégia saúde da família e medicina de família e comunidade: definições para uma atenção à saúde de alto rendimento, 2012. Disponível em :. Acesso em 22 de maio de 2019.
RODRIGUES, RD; ANDERSON, MIP. Saúde da Família: uma estratégia necessária. RevBrasMedFamComunidade.2011; 6(18): 21-24. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)247
ROCHA, Suelen Alves; BOCCHI, Silvia Cristina Mangini; GODOY, Moacir Fernandes de. Acesso aos cuidados primários de saúde: revisão integrativa. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [S.L.], v. 26, n. 1, p. 87-111, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312016000100007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312016000100007
STARFIELD, B. Acessibilidade e primeiro contato: “a porta”. In: Starfield B, org. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília (DF): UNESCO/Ministério da Saúde; 2002. p. 207-45.
STARFIELD, B. Atenção primária equilíbrio entre as necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília, DF: Unesco, Ministério da Saúde; 2004.
SILVA, Simone Albino da; NOGUEIRA, Denismar Alves; PARAIZO, Camila Maria da Silva; FRACOLLI, Lislaine Aparecida. Assessment of primary health care: health professionals perspective. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [S.L.], v. 48, n. , p. 122-128, ago. 2014. FapUNIFESP (SciELO). DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-623420140000600018
SOUSA, FOS; MEDEIROS, KR; JÚNIOR, GD; ALBURQUEQUE, PC. Do normativo à realidade do sistema único de saúde: revelando barreiras de acesso na rede de cuidados assistenciais. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(4):1283-93. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.01702013
VIDAL, TB; TESSER, CD; HARZHEIM, E; FONTAINE, PVN. Avaliação do desempenho da Atenção Primária à Saúde em Florianópolis, Santa Catarina, 2012: estudo transversal de base populacional. Epidemiol Serv Saúde. 2018;27(4):e2017504. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742018000400006